segunda-feira, 25 de abril de 2011

Solidão


Palavra que não se define somente em palavras, quem a sente, sente!
Não se explica. Dói e pronto!
Coloca-nos à sombra de nós mesmos arrancando-nos a mais bela essência do existir.
O pior sentimento é o que invade a alma e dilacera o silêncio nela contido.
Estou enferma de amor... O que me consome essa dor de sentir, sentir só...
Amar só pra mim...
Agarro os ponteiros e adianto as horas, rasgo os minutos e costuro os segundos de solidão.
No profundo desespero de estar só... Viro de lado, deito de bruços...
Abraço meu fiel companheiro que todo faceiro dormita ao meu lado,
Esse meu travesseiro que carrega meu cheiro e não desgruda de mim.
Jogado  de lado, desprezado... Que tão triste quanto eu, Sente sem querer sentir...
Tudo dentro parece gritar enquanto lá fora o silêncio faz-se pranto.
A tua ausência faz-se manto... Para  me cobrir...


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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Não existe adeus...


Não existe nunca mais quando em nós um sentimento martela não nos permitindo seguir adiante. Tudo dói... Vai doendo e corroendo até que nossa alma se enleva em desatino.  Como suportar o ciúme que nos faz perder a paz...?
Como dizer até nunca mais se nosso coração quer permanecer...?  Sigo devagar na esperança que uma voz me suplique: volte! 
Mas não... Não ouço meu nome. A indiferença tatuada em seus olhos fere-me. Vai se urdindo em vanglórias, se perdendo em outros caminhos... Cabisbaixa apresso os passos... Passos imprecisos e desorientados. Quantos versos deslizaram dos meus dedos pra ti! Mas não ouves meus pensamentos, Vives chafurdado no seu eu.
Uma brisa fria toca meu rosto e me desperta. Dou meia volta e vou!
Vou indo sem querer partir, sem poder dizer... Que seria lindo sentir que você é real.
Não viverei para sempre para provar que te  queria nem que fosse só uma única vez. 
Adentro meu destino deixando pra trás uma semente que não teve chance de romper sua frieza.
Então respiro... Minh´alma soluça baixinho... Os olhos se estreitam... Os lábios tremem... Uma lágrima rola...
I wanted only you, nobody else. And inside of me stands a wall, a door closes...  
You taught me freedom ... and you took it from me. But I go on…
                   Everything changes and we change too... (A.E)

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amigo...



VOCÊ é o amparo dos meus ombros caídos.
A brisa que me acalenta O punho forte que me sustenta.
Venha, vamos brincar de esconde, esconde... Nos perder... Nos achar...
Juntos ser eternamente crianças e descobrir um mundo melhor.
Ponha-me nos braços e leve- me onde sozinha não posso ir.
Fortaleça meu coração já cansado, acaricie meus cabelos anelados.
Dá-me do vinho que alegra seu coração...
Que se dissipe minha lucidez.
Se perca em mim e me ache em você...
Embriaga-me de vida, luz, paixão...
Assim como o sol explode em raios incandescentes, serei eu pra te dar amor.
Sou carente de ti... Abraça-me... Encoste-me em seu peito...
Deixe-me ouvir o descompassar do seu coração
Alimenta-me do seu carinho para que eu viva e te ame por toda a eternidade.
Como o mar que na sua imensidão não carece de bússola, para se encontrar no vácuo horizonte.
Tenho-te como amigo... És guardado no mais belo lugar. .
Quero te amar com o mais profundo que há em mim.
Te perder...  Nem posso imaginar.
Cumplicidade só nossa, amizade imaculada.
Longe de toda maldade, dentro de nós guardada
Tenho por ti ciúmes... Medo desse sentir,
Pois és meu e eu sou tua. Só pra mim eu o quero!
Possessiva de ti, de todo teu.
Não me contento dividir o que é meu.
Quero ser a única gazela do seu ninho.
Dona dos seus olhos e do seu carinho.
Se assim não me tiveres, não quero ser mais uma!


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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando me amei de verdade...


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
 Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
 Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.
 Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber Viver!


                                                                                           Charles Chaplin.      Esse poema tem tudo haver comigo, sou eu em linhas, letras e poesia...