quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Repouse em mim

Deixe sobre a cama aquela foto sua
Quero mirar o seu sorriso triste
Que emudecido ficou na minha partida
Pouse sobre mim os teus anseios
Das longas noites de vigília
Coloque sobre a minha a tua mão, deixe-nas envelhecer ali
Como se nunca as houvessem separado...
Deixe que criem raízes e cresçam pontes
Que unam nossos destinos outra vez
Repouse sobre o leito o meu silêncio
E assim encontrarás as respostas que nunca te dei. 
Abra as gavetas e tire de lá todo o orgulho
Que preencheu minhas lacunas, apartado-me de ti
Cubra-me como semente em terra fértil
Pra que eu não germine em terra estranha
Mas que eu nasça em teus olhos 
Cresça em teus braços e floresça no teu corpo
Meu verdadeiro abrigo...

Copyright © 2013 Rose Sousa.Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem as devidas permissão do autor. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Hoje Eu Tô Sozinha!

Hoje eu tô sozinha

E não aceito conselho
Vou pintar minhas unhas e meu cabelo de vermelho
Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo ou se me acompanho
Mas é que se eu perder, eu perco sozinha
Mas é que se eu ganhar
Aí é só eu que ganho

Hoje eu não vou falar mal nem bem de ninguém
Hoje eu não vou falar bem nem mal de ninguém

Logo agora que eu parei
Parei de te esperar
De enfeitar nosso barraco
De pendurar meus enfeites
De fazer o café fraco
Parei de pegar o carro correndo
De ligar só pra você
De entender sua família e te compreender
Hoje eu tô sozinha e tudo parece maior
Mas é melhor ficar sozinha que é pra não ficar pior.

Compositora e cantora: Ana Carolina

sábado, 19 de outubro de 2013

Somente uma carta


Um dia você disse que era possível sonhar, dar asas aos nossos sonhos, sentir e viver a vida. você disse que pesadelos passavam logo e eram apenas circunstâncias do pensamento. Um dia você me viu vivendo uma catarse e me fez ver que só eu mesma era capaz de me tirar daquele abismo, levantar minhas asas e voar para cima. Você despertou em mim alguém que nem eu mesma conhecia, me ensinou a calma, a harmonia de viver intimamente comigo mesma... Sem força, sem pressa. Fez de mim o melhor que eu poderia ser. Um dia, talvez, ansiaste pela minha chegada, assim como eu ansiei pela sua, mas nenhum de nós dois demos um passo em direção ao outro. Creio que tanto eu quanto você ansiamos por um encontro... em mim, essa chama ardeu dia após dia... Um dia me chamaste para junto de ti, mas o medo de ser feliz me assombrou até me cegar por completo. Minhas batalhas eram grandes demais, meus muros altos me impediram de ver o horizonte. E... hoje vi você feliz com alguém que não sou eu... Isso me dói... me destrói cada instante que vejo o sorriso dela e o seu, um ao lado do outro. Não que eu te odeie por isso, não... te amo ainda, pois um amor só se cura com outro amor e não tem ninguém que substitui você. Um dia você disse que tudo muda e que nós mudamos junto. Sim... na verdade tudo mudou, você mudou, você voou... e eu fiquei... Fiquei só... com minhas asas quebradas estendidas ao chão, covarde que fui! covarde que sou! não lutei o suficiente para ser feliz ao seu lado.... 



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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tudo que eu quero...

Hoje eu quero
um abraço, 
um laço, 
uma flor.
A flor de seus lábios, 
um laço de abraço,
um abraço de amor.
Hoje quero você
Sem medo de errar
Sem medo de te perder
Quero arriscar
Sonhar... Viver...
E quando acordar
Te ver ao meu lado
E te amar... Te amar... E te amar... 






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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Ao perder a ti, tu e eu perdemos..."

Um dos meus poemas favoritos
Ao perder-te eu a ti,
tu e eu perdemos: 
Eu, porque tu eras 
o que eu mais amava 
e tu porque eu era 
o que te amava mais 
mas de nós dois 
tu perdes mais que eu: 
porque eu poderei amar a outros 
como te amava a ti, 
mas a ti não te amarão 
como te amava eu. 


Ernesto Gardenal

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tão somente sorria...

Quando a dor te fazer refém e a tormenta de um amor torturar seus dias já tão tristes,
Apenas sorria...
Se nada mais resta dos teus sonhos, e somente quimeras pairam no ar, feche os olhos e adormeça sua alma, quem sabe assim, em sonho, encontrarás a metade que te falta...
Sorria apenas...
Quando o sol se pôr detrás das montanhas e sentires que, do seu sonho encantador tudo se finda, e o que te consola é apenas uma doce lembrança...
Sorria somente...
Caminhe omitindo que no peito nada mais há senão uma lágrima contida, um amor que não pode acontecer.
Tão somente sorria...
E quem sabe essa dor disfarçada de riso traga pra perto de ti o teu grande sonho de amor...



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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Nalgum Lugar

Acho linda as música de Zeca Baleiro e, essa é uma das...
Nalgum lugar em que eu nunca estive
Alegremente além
De qualquer experiência
Teus olhos tem o seu silêncio
No teu gesto mais frágil
Há coisas que me encerram
Ou que eu não ouso tocar
Porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
Embora eu tenha me fechado como dedos
Nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre
Tocando sutilmente, misteriosamente
A sua primeira rosa
Sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado
Eu e minha vida
Nos fecharemos belamente, de repente
Assim como o coração desta flor imagina
A neve cuidadosamente descendo em toda a parte
Nada que eu possa perceber neste universo
Iguala o poder de tua intensa fragilidade
Cuja textura
Compele-me com a cor de seus continentes
Restituindo a morte e o sempre
Cada vez que respirar
Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre
Só uma parte de mim compreende
Que a voz dos teus olhos
É mais profunda que todas as rosas
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas...


Letra de música: Zeca Baleiro

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sem Você...


Eu tô carente desse teu abraço
Desse teu amor que me deixa leve
Eu tô carente desses olhos negros
Desse teu sorriso branco feito neve

Eu tô carente desse olhar que mata 
Dessa boca quente revirando tudo 
Tô com saudade dessa cara linda 
Me pedindo
 "fica só mais um segundo" 

Tô feito mato, desejando a chuva
Madrugada fria, esperando o sol
Tô tão carente feito um prisioneiro 
Vivo um pesadelo, beijo sem paixão
 
Tô com vontade de enfrentar o mundo 
Ser pra sempre o guia do seu coração 
Sou a metade de um amor que vibra 
Numa poesia em forma de canção
 
Sem você, sou caçador sem caça
Sem você, a solidão me abraça
Sem você, sou menos que a metade 
Sou incapacidade de viver por mim 
Sem você, eu sem você...
 

Música: Paula Fernandes

sábado, 27 de julho de 2013

Um novo despertar...

Um traço na alma
Um risco no chão
Passos, marcas e canção
Perfume, rosas
Pétalas murchas
Corações rendidos à escuridão
Apanho o manto  
Me visto de estrelas
Me cubro de sol
Me desnudo em cores
E espero o dia amanhecer...


Copyright © 2013 Rose Sousa.Todos os direitos reservados.
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Quando o orgulho cala o amor...

Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.

Certa vez, o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado havia alguns anos e que agora falavam em separação. O sábio, percebendo que os dois se amavam, não viu motivo para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso. Então, presenteou-os com uma planta e disse:

— Esta é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar.
Assim foi feito: o casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando “ansiosamente” a sua morte.
Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.
A planta sensível era, na verdade, a relação dos dois. O amor era forte o suficiente a ponto de acordá-los em plena madrugada. Mas então o que estaria ameaçando aquela união? O orgulho.
O orgulho nos impede de pedir perdão. O orgulho não nos deixa perdoar. O orgulho não nos deixa dizer que ainda amamos...

Roberto Shinyashiki.

sábado, 13 de julho de 2013

Venho d’outra banda...

Perdoe-me chegar assim tão de repente. Não tive a intenção de te assustar. Não se surpreenda com minha presença, sou apenas um  vento a soprar. Venho d’outra banda... de terras distantes e insólitas , deixando em cada passo sangue e memórias... Vim pra este lado... D’antes desconhecido... Com passos imprecisos atravesso o invisível... Venho do lado de lá... Sem abrigo, venho nua... Despida de medos, plena como o luar. E... quanto mais perto chego, sinto que  meus pés vacilam, pois não conheço este lado da aurora... Vim da escuridão... Conheci o desassossego da noite, a inquietude da madrugada... Na brisa dormi meu sono e a névoa me cobriu...  Do lado de lá uma voz...  Sussurros inaudíveis, réus amordaçados. Venho pr’este lado... Entre os dedos trago o sol... que queima e  toca o mar numa doce despedida,  do outro lado a noite espera a vida que ansioso o dia trás. Venho de lá, do outro lado da incerteza... onde a dúvida envenena os dias... pensei ser céu, era argila... matéria bruta nas mãos de um poeta... de palavras me fez prosa, laivos de poesia...  talhou versos em Minh´alma e me sangrou até  morrer de amor...

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sábado, 6 de julho de 2013

Resenha do livro: A Caricia do Vento

Recebi do blog Coruja Essência, http://corujaessencia.blogspot.com.br/ um Meme de incentivo a leitura. O blog da Lane é show! Se eu fosse vocês eu passaria lá para conferir ^ ^. Bom, ler é meu lazer predileto, então estou participando com muita satisfação. Agradeço à minha amiga Lane pelo convite carinhoso e gostaria de indicar outros blogs merecedores, porém só posso indicar 10 blogs amigos:
Maria del Carmen Nazer: http://mcarmennazer.blogspot.com.br/

*Indique 10 blogs amigos para fazer a resenha. Escolha um livro de sua preferência, faça sua resenha e ao postar me envie o link para que eu possa apreciá-la.* 
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Eu li esse livro em 1993, e no decorrer dos anos eu o reli 5x e de vez em ainda me pego passando os olhos pelas páginas.Nessa época eu costumava comprar os livros e depois trocar 03 por 01 nas bancas. Era sensacional! Infelizmente com o passar do tempo fui emprestando... emprestando... e acabei com meu acervo, rsrs. Mas esse, eu só empresto com penhor, e olhe lá, kkk. Sou apaixonada por leitura! Me identifico


muito como o livro que escolhi porque me considero um tipo romântica bruta, não suporto "inhem-inhem-inhem", frescura não é comigo. Desculpem as delicadas, mas comigo é diferente. Não gosto de romances previsíveis, "Era uma vez... E foram felizes para sempre..." Motivo pelo qual sou apaixonada pelos livros de Janet Dailey, principalmente "A caricia do Vento". O livro foi inicialmente lançado no Brasil em 1979 e a história se passa no Monte Shihuaua, no México. Um cenário envolvido numa atmosfera totalmente selvagem, à qual a autora acrescenta situações perigosas e um toque de erotismo. O livro te permite avaliá-lo de diversas formas,creio ter havido um impacto surpreendente dessa obra em 79. Como terá sido a recepção desse livro, se tratando de um romance extremamente sensual? Sem querer a gente se envolve nas cenas como se a história fosse real, pensando bem, acho que a autora apenas colocou no papel uma verdade bem nua. A paixão é tamanha que sentimos a nossa própria pele se fundindo com a paixão e o amor dos protagonistas em uma explosão de sentimentos fortes, envolventes e desconhecidos. A história também é atemporal, escrita no auge do começo do "fim" das guerrilhas no México e América Latina, mas se adapta a qualquer época, inclusive hoje, por esses motivos e outros... considero-o mágico!

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Síntese: Na cidade de Austin, no Texas vivia a milionária Sheila Rogers, mimada, impulsiva e bela. Apaixonada ela e foge para Juárez, no México, com Brad Townsend, um homem bonito, envolvente, mas não demorou muito para revelar seu verdadeiro caráter. Ele era nada mais senão um interesseiro. E foi na lua de mel que ele revelou seu lado egoísta e frio. O que Sheila não esperava é que o pior estava por vir, ao pegar um atalho, seu carro foi cercado por um bando de pistoleiros e seu marido brutalmente assassinado. Ela é sequestrada e levada para as montanhas como prisioneira em uma terra desconhecida e distante da civilização. No meio de uma montanha protegida pelo desfiladeiro ela descobre que leis são adaptáveis e reescritas, que a chibata não ficou esquecida junto à abolição da escravatura, que naquele lugar as regras sociais as quais estava acostumada não possuíam nenhum valor e que o coração tem razões desconhecidas para se apaixonar. É ali que Sheila conhece Ráfaga, um homem corajoso e idealista, como nas histórias de Robin Hood, o qual alimenta a esperança de milhões de pessoas oprimidas, famintas à mercê das autoridades locais. Apesar dos adjetivos que caracterizavam Sheila Rogers, era uma jovem dona de uma força interior incrível, e ela precisaria dessa força já que se encontrava em um cenário rústico, perigoso e nas mãos de pistoleiros mal encarados e violentos. O líder se destacava naturalmente no meio do bando, Ráfaga... um homem de fisionomia dura, fria, e misteriosa... Fora ódio à primeira vista, Sheila sentia o sangue ferver só de olhar para aquele homem. Um ódio que se transforma em uma paixão arrebatadora, pois o que inicialmente fazia Sheila sentir repulsa, era na verdade a descoberta de num amor intenso e febril. De um casamento fracassado à um amor selvagem e imprevisível nas mais altas e imponentes sierras mexicanas. Uma paixão à flor da pele com um desfecho nada fácil ou dócil. Ela sentia o poder que aquele homem rude e másculo exercia sobre ela, isso a fazia detestá-lo ainda mais. Seu corpo a traia, respondendo fortemente ao apelo dos olhos negros misteriosos daquele bárbaro, olhos que viam em seus cabelos dourados a realeza de uma leoa que viera para reinar com ele naquele lugar insólito. Ráfaga... fugaz como o vento... como a carícia do vento a beijar o rosto de Sheila... E se Sheila voltasse para casa com sua mãe saberia que estaria acorrentando a própria alma, e não hesitou... Correu para ele... Correu para a liberdade, a única que existia para ela depois de ter conhecido Ráfaga.



Quotes preferidos: 

* "Desprezava Ráfaga mentalmente, e, no entanto, ele tinha esse estranho domínio sobre a sua carne: bastava tocá-la para que ela o desejasse."

* "Naquele momento, senti um desejo como nunca senti antes. Pensei em satisfazê-lo, possuindo-a. Mas possuí-la uma vez era como beber água do mar. Descobri que tinha que ter mais do que o seu corpo. Queria o seu pensamento, coração e alma.”


* "“Ela deu uma breve risada, olhando para ele bem a tempo de ver um leve sorriso tocar a dureza da sua boca. O pulso se acelerou ao ver o modo como o sorriso mudava as feições ásperas. Sheila se deu conta do quanto ficara descontraída com ele, e se enrijeceu imediatamente, tirando o braço da mão que a segurava levemente. Como é que poderia acha-lo tão encantador?”




* "Sheila deixou que ele a levasse aos píncaros desconhecidos do desejo. Parou de pensar em Ráfaga como seu captor implacável. Jamais sonhara poder entregar-se com tal abandono, nem querer receber com tanta ansiedade egoísta tudo o que lhe era dado."



* "Quando as chamas finalmente se extinguiram, Sheila levou diversos minutos até conseguir abrir caminho por entre a escuridão. Abrindo os olhos tontos de paixão, viu Ráfaga observando-a preguiçosamente. Mentalmente, admitiu que ele era dono do seu corpo e alma, e se deu conta, com fatalismo, de que ninguém mais teria tanto poder sobre a sua carne e espírito."



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Se alguém desejar ler o livro, deixe seu comentário aqui e te envio por e-mail. Se não quiser seu e-mail exposto é só me avisar, já que meus comentários aguardam moderação. Espero que gostem!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Deixe o frio lá fora...


A noite está fria. Lá fora há corações desabrigados, mãos sôfregas e enrijecidas se espalmam nos rostos pálidos. Pela janela entreaberta ouço apenas o vento em silvos melódicos.  Fecho os olhos e me abandono em um canto qualquer. De repente sinto não estar só. Sinto o silencio sendo quebrado. Sua voz soa suavemente inebriando-me... entorpecendo-me os sentidos... Sua imagem me invade devagar... mergulhando no avesso de mim... Desabrochando meus sentimentos mais perversos... Como poderia eu ser sua dama, serena... de lábios submissos? Se diante desse seu olhar ameaçador... Me dispo dos mais tórridos pensamentos? Nada mais fica inerte... Me fazes versos repartidos, talhados no fogo... Fazes de mim um momento de glória, um êxtase inexprimível... Traga-me esse amor faminto, esse coração sedento... Vem sem demora! devora minha saudade... Toma meu cálice... Vem, "Eros". Nada mais te peço senão um pacto comigo. Deixe o frio lá fora... Vem... Desata a minh'alma...


                      All Rights Reserved 2013 Copyright © Rose Sousa



terça-feira, 4 de junho de 2013

Ser mulher

A mulher interessante não é propriamente bonita,
Mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos e uma sutileza que inquieta a todos quando sorri.
As pessoas se questionam: o que é que essa mulher tem?
Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.
Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas.


(Martha Medeiros)



sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Dança das Águas...



Não quero ser uma poesia de versos nunca lidos, 
Inertes no branco e solitário papel 
Nem um anjo alado, sozinho, apaixonado no seu céu de ilusão
Quero ser água pura, sereno da noite, água de beber...
Chuva... Gotas cristalinas que se derramam em seus braços
Que viaja no teu corpo, sem mapa, sem descanso, sem rumo certo
Ora pingo, Vez enchente... Inundando-te de partículas 
Água da nascente que serpeja, deslizando por seus vales... 
Orvalho que goteja sem pressa, sussurrando nos teus ouvidos...
Chuva calma e impetuosa, sopros de brisa na terra quente... 
E nesse frenético bailar de respingos e gotículas
Esvaio-me em vapor, no envolver do teu calor
Flutuando límpida... Serena... Sem mácula
Deixando em você minha essência de chuva
E levando em mim teu perfume de terra molhada...

______________________________________________Rose Sousa.

domingo, 21 de abril de 2013

Concurso "Pena de Ouro"


Olá amigos e visitantes! Fui honrada com o convite do Blog "Bicho do Mato" e estou concorrendo ao primeiro concurso de poesias "Pena de Ouro".   
  Meu poema se chama: "Um Soneto em Silêncio" e já está aberto aos votos.

 Ao analisar meu Soneto e acharem que o mesmo é digno de seu voto é só dar um clik aqui:
Desde já agradeço seu carinho e atenção.
Uma linda semana a todos!

domingo, 31 de março de 2013

Meu segredo


Tenho andado um tanto inquieta, um desassossego me consome... Com gestos impessados corro a mão pelos cabelos... A outra levo ao bolso, na ponta dos dedos um segredo que guardo... Escondidinho... São tantas coisas que não posso lhe dizer agora... Mas estão guardadas aqui...Na costura interna do bolso... Pensamentos voam... Sobra tanto espaço aqui dentro, sem você não passo de um minuto lento. Minh´alma lentamente se veste de paixão e descontentamento... Quão longe posso chegar sem o seu amor...? Que crime hediondo cometi! Essa paixão desavisada que me corrompe... Tento escapar, esvaziar os meus bolsos... Espalhar pelo chão todo esse sentir. Deixar que o vento leve toda utopia, todas as palavras que teimam em sair, todo segredo que guardo... E que insiste em se revelar...

Todos os Direitos Reservados 2013 Copyright © Rose Sousa

segunda-feira, 4 de março de 2013

Em silêncio...


Eu gosto dos seus gestos
Gestos que se declaram
Olhares que se entendem
No silêncio de um toque

Eu gosto do seu abandono
Quando deitas no meu colo
Desse céu que me mostras
Através dos seus olhos...

Eu gosto desse canto
Do canto da sua boca
Do sorriso dos seus olhos...

Eu gosto dos segredos dos seus lábios
Dessa vírgula que sulca sua face
Quando me olha e sorri pra mim...

Todos os Direitos Reservados 2013 Copyright © Rose Sousa

sábado, 2 de março de 2013

Conversando com a saudade

A saudade bateu em minha porta.
Se eu soubesse que era ela nem teria aberto.
Perguntei o que ela queria, ali logo cedo. Ela olhou-me e 
disse: “Vim fazer uma visita”.
Eu sem saber o que dizer, apenas lhe pedi que então 
entrasse, mas que não ficasse muito à vontade.
Ela perguntou se poderia sentar-se, foi logo puxando uma 
cadeira e pedindo uma xícara de café. Acenei com um sim.
Olhei para ela ali paradinha, querendo a minha companhia 
e então sentei-me ao seu lado.
Ficamos as duas ali sentadas, quietinhas e juntas tomamos 
café... bem quente, bem forte e bem amargo.
Até que quebrei o silêncio que se estabelecera entre nós e indaguei:
“Por que, assim como esse café, você pra mim tem um gosto amargo às vezes?”
Ela calmamente respondeu: “ Já fui doce quando era 
presença, depois me tornei amarga quando era só ausência.
Agora não sou doce nem amarga. Mexa o seu café, tem um 
pouco de açúcar no fundo. sou apenas saudade".


Lis Fernandes


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Te vi passar...

Como um trovão
Um raio
Apenas um rastro
Que feriu a imensidão
Fora sonho?
Não... Acho que não...
Pois ficou no ar um perfume
Um aroma de bem querer
Sua voz nos meus ouvidos
Que não pude esquecer
Ainda ecoa aqui
Dentro de mim
A voz mais linda que já ouvi
Te vi passar...
Você passou
E eu não vi
Não vi teus olhos nos meus
Tua boca nua
Os desejos teus
Te vi passar
Muitas vezes... Tantas vezes
Na pressa de um viajante
Confesso um tanto quanto sem jeito
Que tive medo

E ainda tenho
Medo do que sinto
Medo do que penso
Mas sou feliz quando penso...
Porém me calo
E assim posso ouvir
Seus passos como o vento
Que se vai sempre
Sem deixar rastros

Todos os Direitos Reservados 2013 Copyright © Rose Sousa

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sapos não viram príncipes, ENTENDEU Alice???

A gente se decepciona quando se deixa acreditar em contos e duendes. Estar triste é somente uma questão de decisão. Parafraseando um pedaço do poema de Augusto Branco: Quando carregamos  uma tristeza que mortifica nossa alma é como se estivéssemos atravessando um desfiladeiro em uma corda bamba. Sabemos que há um  Abismo sob nossos pés e sobre nossas cabeças há um Céu. Se olharmos para baixo veremos o Abismo. O Abismo atrai o olhar, mas o Abismo é a certeza da morte, olhar para ele pode ser fatal. Portanto, nunca olhe nos olhos dele... Mas também não te aconselho olhar para o Céu. O Céu é como um sonho, e ele pode estar belíssimo, muito azul, com um Sol radiante ou repleto de estrelas, não importa: não olhe para o Céu... Pois ele é tão belo que te  pode fazer esquecer de que precisa manter o equilíbrio e seus pés bem firmes na corda... Alice... não olhe para o céu... Saiba... o único lugar para o qual você deve olhar é para  frente, é à sua frente que está o Horizonte. E é no Horizonte que algo novo te espera... é onde está tudo o que você pode descobrir, viver e alcançar.  Siga em frente... Seu rosto borrado de rímel não vai adiantar! Ou você pensou mesmo que ele se importava??? Jura??? Ele quer mais é curtir a vida!

Rose Sousa

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Quero um dia te encontrar...


“Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar 

A novidade de uma pessoa 
Quando o tempo passa rápido 
Quando você está ao lado dessa pessoa 
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair...” [...]

Nando Reis


Tudo tem um tempo embaixo do sol...


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Sempre chuva


Nunca fui como todos
Nunca quis ser igual
Os meus sonhos não são como o dos outros
Muitos amaram
E nesse vácuo
Sou pequena...
Sempre chuva, nunca sol...



Rose Sousa