sábado, 27 de julho de 2013

Um novo despertar...

Um traço na alma
Um risco no chão
Passos, marcas e canção
Perfume, rosas
Pétalas murchas
Corações rendidos à escuridão
Apanho o manto  
Me visto de estrelas
Me cubro de sol
Me desnudo em cores
E espero o dia amanhecer...


Copyright © 2013 Rose Sousa.Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial
desta obra sem as devidas permissão do autor.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Quando o orgulho cala o amor...

Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.

Certa vez, o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado havia alguns anos e que agora falavam em separação. O sábio, percebendo que os dois se amavam, não viu motivo para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso. Então, presenteou-os com uma planta e disse:

— Esta é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar.
Assim foi feito: o casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando “ansiosamente” a sua morte.
Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.
A planta sensível era, na verdade, a relação dos dois. O amor era forte o suficiente a ponto de acordá-los em plena madrugada. Mas então o que estaria ameaçando aquela união? O orgulho.
O orgulho nos impede de pedir perdão. O orgulho não nos deixa perdoar. O orgulho não nos deixa dizer que ainda amamos...

Roberto Shinyashiki.

sábado, 13 de julho de 2013

Venho d’outra banda...

Perdoe-me chegar assim tão de repente. Não tive a intenção de te assustar. Não se surpreenda com minha presença, sou apenas um  vento a soprar. Venho d’outra banda... de terras distantes e insólitas , deixando em cada passo sangue e memórias... Vim pra este lado... D’antes desconhecido... Com passos imprecisos atravesso o invisível... Venho do lado de lá... Sem abrigo, venho nua... Despida de medos, plena como o luar. E... quanto mais perto chego, sinto que  meus pés vacilam, pois não conheço este lado da aurora... Vim da escuridão... Conheci o desassossego da noite, a inquietude da madrugada... Na brisa dormi meu sono e a névoa me cobriu...  Do lado de lá uma voz...  Sussurros inaudíveis, réus amordaçados. Venho pr’este lado... Entre os dedos trago o sol... que queima e  toca o mar numa doce despedida,  do outro lado a noite espera a vida que ansioso o dia trás. Venho de lá, do outro lado da incerteza... onde a dúvida envenena os dias... pensei ser céu, era argila... matéria bruta nas mãos de um poeta... de palavras me fez prosa, laivos de poesia...  talhou versos em Minh´alma e me sangrou até  morrer de amor...

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sábado, 6 de julho de 2013

Resenha do livro: A Caricia do Vento

Recebi do blog Coruja Essência, http://corujaessencia.blogspot.com.br/ um Meme de incentivo a leitura. O blog da Lane é show! Se eu fosse vocês eu passaria lá para conferir ^ ^. Bom, ler é meu lazer predileto, então estou participando com muita satisfação. Agradeço à minha amiga Lane pelo convite carinhoso e gostaria de indicar outros blogs merecedores, porém só posso indicar 10 blogs amigos:
Maria del Carmen Nazer: http://mcarmennazer.blogspot.com.br/

*Indique 10 blogs amigos para fazer a resenha. Escolha um livro de sua preferência, faça sua resenha e ao postar me envie o link para que eu possa apreciá-la.* 
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Eu li esse livro em 1993, e no decorrer dos anos eu o reli 5x e de vez em ainda me pego passando os olhos pelas páginas.Nessa época eu costumava comprar os livros e depois trocar 03 por 01 nas bancas. Era sensacional! Infelizmente com o passar do tempo fui emprestando... emprestando... e acabei com meu acervo, rsrs. Mas esse, eu só empresto com penhor, e olhe lá, kkk. Sou apaixonada por leitura! Me identifico


muito como o livro que escolhi porque me considero um tipo romântica bruta, não suporto "inhem-inhem-inhem", frescura não é comigo. Desculpem as delicadas, mas comigo é diferente. Não gosto de romances previsíveis, "Era uma vez... E foram felizes para sempre..." Motivo pelo qual sou apaixonada pelos livros de Janet Dailey, principalmente "A caricia do Vento". O livro foi inicialmente lançado no Brasil em 1979 e a história se passa no Monte Shihuaua, no México. Um cenário envolvido numa atmosfera totalmente selvagem, à qual a autora acrescenta situações perigosas e um toque de erotismo. O livro te permite avaliá-lo de diversas formas,creio ter havido um impacto surpreendente dessa obra em 79. Como terá sido a recepção desse livro, se tratando de um romance extremamente sensual? Sem querer a gente se envolve nas cenas como se a história fosse real, pensando bem, acho que a autora apenas colocou no papel uma verdade bem nua. A paixão é tamanha que sentimos a nossa própria pele se fundindo com a paixão e o amor dos protagonistas em uma explosão de sentimentos fortes, envolventes e desconhecidos. A história também é atemporal, escrita no auge do começo do "fim" das guerrilhas no México e América Latina, mas se adapta a qualquer época, inclusive hoje, por esses motivos e outros... considero-o mágico!

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Síntese: Na cidade de Austin, no Texas vivia a milionária Sheila Rogers, mimada, impulsiva e bela. Apaixonada ela e foge para Juárez, no México, com Brad Townsend, um homem bonito, envolvente, mas não demorou muito para revelar seu verdadeiro caráter. Ele era nada mais senão um interesseiro. E foi na lua de mel que ele revelou seu lado egoísta e frio. O que Sheila não esperava é que o pior estava por vir, ao pegar um atalho, seu carro foi cercado por um bando de pistoleiros e seu marido brutalmente assassinado. Ela é sequestrada e levada para as montanhas como prisioneira em uma terra desconhecida e distante da civilização. No meio de uma montanha protegida pelo desfiladeiro ela descobre que leis são adaptáveis e reescritas, que a chibata não ficou esquecida junto à abolição da escravatura, que naquele lugar as regras sociais as quais estava acostumada não possuíam nenhum valor e que o coração tem razões desconhecidas para se apaixonar. É ali que Sheila conhece Ráfaga, um homem corajoso e idealista, como nas histórias de Robin Hood, o qual alimenta a esperança de milhões de pessoas oprimidas, famintas à mercê das autoridades locais. Apesar dos adjetivos que caracterizavam Sheila Rogers, era uma jovem dona de uma força interior incrível, e ela precisaria dessa força já que se encontrava em um cenário rústico, perigoso e nas mãos de pistoleiros mal encarados e violentos. O líder se destacava naturalmente no meio do bando, Ráfaga... um homem de fisionomia dura, fria, e misteriosa... Fora ódio à primeira vista, Sheila sentia o sangue ferver só de olhar para aquele homem. Um ódio que se transforma em uma paixão arrebatadora, pois o que inicialmente fazia Sheila sentir repulsa, era na verdade a descoberta de num amor intenso e febril. De um casamento fracassado à um amor selvagem e imprevisível nas mais altas e imponentes sierras mexicanas. Uma paixão à flor da pele com um desfecho nada fácil ou dócil. Ela sentia o poder que aquele homem rude e másculo exercia sobre ela, isso a fazia detestá-lo ainda mais. Seu corpo a traia, respondendo fortemente ao apelo dos olhos negros misteriosos daquele bárbaro, olhos que viam em seus cabelos dourados a realeza de uma leoa que viera para reinar com ele naquele lugar insólito. Ráfaga... fugaz como o vento... como a carícia do vento a beijar o rosto de Sheila... E se Sheila voltasse para casa com sua mãe saberia que estaria acorrentando a própria alma, e não hesitou... Correu para ele... Correu para a liberdade, a única que existia para ela depois de ter conhecido Ráfaga.



Quotes preferidos: 

* "Desprezava Ráfaga mentalmente, e, no entanto, ele tinha esse estranho domínio sobre a sua carne: bastava tocá-la para que ela o desejasse."

* "Naquele momento, senti um desejo como nunca senti antes. Pensei em satisfazê-lo, possuindo-a. Mas possuí-la uma vez era como beber água do mar. Descobri que tinha que ter mais do que o seu corpo. Queria o seu pensamento, coração e alma.”


* "“Ela deu uma breve risada, olhando para ele bem a tempo de ver um leve sorriso tocar a dureza da sua boca. O pulso se acelerou ao ver o modo como o sorriso mudava as feições ásperas. Sheila se deu conta do quanto ficara descontraída com ele, e se enrijeceu imediatamente, tirando o braço da mão que a segurava levemente. Como é que poderia acha-lo tão encantador?”




* "Sheila deixou que ele a levasse aos píncaros desconhecidos do desejo. Parou de pensar em Ráfaga como seu captor implacável. Jamais sonhara poder entregar-se com tal abandono, nem querer receber com tanta ansiedade egoísta tudo o que lhe era dado."



* "Quando as chamas finalmente se extinguiram, Sheila levou diversos minutos até conseguir abrir caminho por entre a escuridão. Abrindo os olhos tontos de paixão, viu Ráfaga observando-a preguiçosamente. Mentalmente, admitiu que ele era dono do seu corpo e alma, e se deu conta, com fatalismo, de que ninguém mais teria tanto poder sobre a sua carne e espírito."



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Se alguém desejar ler o livro, deixe seu comentário aqui e te envio por e-mail. Se não quiser seu e-mail exposto é só me avisar, já que meus comentários aguardam moderação. Espero que gostem!