quarta-feira, 21 de março de 2018

Morri de verdades...


Certamente 
as mentiras 
têm um afago
 leve
A verdade
sempre solitária
canta
 seu próprio luto
quem chorará 
com ela?
os muros da cidade?
ou as lápides 
 frias que cobrem 
seu sorriso?
 À tez da minha
força
deixo intercaladas
as poucas
palavras
que já não falo
guardo
das coisas poucas 
no chão 
uns versos
coisas breves
espalhadas
sem importância
Perderam-se
o encanto 
 vagam
perdidas 
no tempo
morreram
pelo encanto
que tinham
morreram
ocultas
pelas mentiras
e morreram 
pela magestosa
beleza
do simples 
ser
e dos muitos
que morrem
de mentiras
eu Morri... 
Morri de verdades
***


22/03/2018

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