Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieto,
muito quieto
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
(Vinícius de Moraes)
Minha querida
ResponderExcluirAdoro Vinicíus, e este poema é lindo, uma boa escolha.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá!
ResponderExcluirComo vai?quem some sempre dá o sinal de vida.
Poema maravilhoso dispensa comentários,tens bom gosto.
Desejo o melhor para ti, sejas sempre feliz.
Bjos.
Rose Querida obrigado por postar este poema de Vinicius...acho ele divino um beijo Pedro Pugliese
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